Command:MO - Falklands (PC)

Quarenta anos atrás, o Reino Unido e a Argentina entraram em guerra pela posse das Ilhas Malvinas, na costa da América do Sul.

As ilhas eram disputadas havia décadas antes do conflito. Em 1965, as Nações Unidas apelaram à Argentina e ao Reino Unido para que chegassem a um acordo sobre a disputa de soberania. O Ministério das Relações Exteriores e da Commonwealth (FCO) do Reino Unido considerava as ilhas um incômodo e uma barreira ao comércio britânico com a América do Sul. Portanto, embora confiante na soberania britânica, o FCO estava preparado para ceder as ilhas à Argentina. O FCO também buscou tornar as ilhas dependentes da Argentina, na esperança de que isso tornasse os ilhéus mais receptivos à soberania argentina.

Em 1977, o primeiro-ministro britânico James Callaghan, em resposta às tensões crescentes na região, enviou secretamente uma força de duas fragatas e o submarino nuclear HMS Dreadnought para o Atlântico Sul, codinome Operação Journeyman.

Em 1980, o novo Ministro de Estado das Relações Exteriores do Reino Unido, Nicholas Ridley, foi às Malvinas tentar vender aos ilhéus os benefícios de um programa de "relocação", o que encontrou forte oposição. Ao retornar a Londres em dezembro de 1980, ele se apresentou ao parlamento, mas foi duramente atacado pelo que foi visto como uma traição. Em uma reunião privada de uma comissão naquela noite, foi relatado que Ridley disse: "Se não fizermos nada, eles invadirão. E não há nada que possamos fazer."

Enquanto isso, a Argentina atravessava um período tumultuado em sua história. O país estava em meio a uma estagnação econômica devastadora e a uma agitação civil em larga escala contra a junta militar que governava o país desde 1976. Em dezembro de 1981, houve uma nova mudança no regime militar argentino, que elevou ao poder uma nova junta liderada pelo General Leopoldo Galtieri, pelo Brigadeiro do Ar Basilio Lami Dozo e pelo Almirante Jorge Anaya.

Ao optar pela ação militar, o governo Galtieri esperava mobilizar os antigos sentimentos patrióticos dos argentinos em relação às ilhas, desviando a atenção pública dos problemas econômicos crônicos e das contínuas violações dos direitos humanos da Guerra Suja, e reforçando a legitimidade decrescente da junta.

A tensão entre os dois países em relação às ilhas aumentou em 19 de março de 1982, quando um grupo de comerciantes de sucata argentinos (que haviam sido infiltrados por fuzileiros navais argentinos) hasteou a bandeira argentina na Ilha Geórgia do Sul, um ato que mais tarde seria visto como a primeira ação ofensiva da guerra. O navio de patrulha de gelo da Marinha Real Britânica, HMS Endurance, foi enviado de Stanley para a Geórgia do Sul no dia 25 em resposta. A junta militar argentina, suspeitando que o Reino Unido reforçaria suas forças no Atlântico Sul, decidiu agir rapidamente.

Em 2 de abril de 1982, forças argentinas realizaram um desembarque anfíbio (conhecido como Operação Rosário) nas Ilhas Malvinas. A invasão começou com o desembarque do grupo de Comandos Anfíbios, que atacou o quartel vazio de Moody Brook e, em seguida, avançou para a Casa do Governo em Stanley. O ataque foi recebido com uma defesa feroz, mas breve, pelo destacamento local dos Fuzileiros Navais Reais. Quando o 2º Batalhão de Infantaria de Fuzileiros Navais (com Veículos Anfíbios de Assalto) chegou, o governador ordenou um cessar-fogo e se rendeu.

A junta argentina tinha bons motivos para calcular que o governo do Reino Unido não estaria disposto nem seria capaz de intervir. O Reino Unido vinha reduzindo seu efetivo militar ao longo da década de 1970 em resposta a pressões financeiras insuportáveis, incluindo a aposentadoria de seu último grande porta-aviões e o desmantelamento antecipado ou a venda de navios de guerra (incluindo, ironicamente, um par de contratorpedeiros Tipo 42 para a Argentina). A abrangente Revisão da Defesa de 1981 das Forças Armadas do Reino Unido prometia cortes ainda maiores, por exemplo, erradicando a capacidade anfíbia da Marinha Real com a venda dos LPDs Fearless e Intrepid, vendendo o novíssimo porta-aviões VSTOL Invincible para a Austrália, aposentando o antigo porta-aviões Hermes e uma redução geral na força de fragatas e contratorpedeiros. Em retrospectiva, se a Argentina tivesse demonstrado mais paciência e agido em, digamos, 1983/84, a invasão provavelmente teria resolvido a questão permanentemente, pois o Reino Unido realmente não teria meios de recorrer.

A primeira-ministra do Reino Unido, Margaret Thatcher, declarou imediatamente que as ilhas deveriam ser recuperadas a todo custo. Essa opinião não era compartilhada por todo o seu gabinete; não apenas o estado enfraquecido das Forças Armadas era motivo de pessimismo, mas até mesmo a justificativa para reivindicar as ilhas era questionável. Por que, muitos se perguntavam, a Grã-Bretanha deveria entrar em guerra por um pedaço árido de terra rochosa a milhares de quilômetros de distância? (Essa relutância às vezes também era compartilhada pelo outro lado: o autor argentino Jorge Luis Borges descreveu a disputa de décadas como "uma briga entre dois homens carecas por causa de um pente").

Outros, no entanto, sentiam que havia muito mais em jogo do que a simples propriedade de algumas rochas; o Almirante Henry Leach, quando questionado diretamente por Thatcher sobre sua opinião, declarou: "Poderíamos recapturar, seria um empreendimento de alto risco, e mesmo assim deveríamos. Porque se não o fizermos, se nos atrapalharmos, se hesitarmos, se não nos movermos muito rápido e não formos totalmente bem-sucedidos, em poucos meses estaremos vivendo em um país diferente, cuja palavra valerá pouco". Esse apelo ao status e à credibilidade do Reino Unido no cenário mundial resolveu a disputa; o Reino Unido estava indo para a guerra.

Uma força-tarefa, centrada nos porta-aviões VSTOL Hermes e Invincible, juntamente com vários navios de guerra, navios de desembarque e embarcações de apoio e reabastecimento, foi reunida em impressionantes dois dias e zarpou para o Atlântico Sul sob o comando do almirante John Woodward. Embora a distensão e uma solução diplomática ainda fossem possíveis em teoria, ambos os lados estavam muito perto do limite para recuar sem consequências. A caneta estava dando lugar à espada.

Características:

• 13 cenários mais 2 cenários bônus, incluindo unidades não presentes ou disponíveis durante a guerra.

• Cenários projetados por um veterano da Guerra das Malvinas

• Gestão de unidades de serviço atuais e previamente retiradas de serviço

• Combate aéreo, de superfície e subaquático

• Guie suas Forças para a vitória em uma campanha multifacetada.

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